Jefferson Rudy/Agência Senado

Após pedir saída de Kajuru, Cidadania corre para não perder ‘QG da oposição’ no Senado

13.04.21 09:15

A decisão do Cidadania de convidar Jorge Kajuru “a deixar o partido”, em razão da divulgação da gravação de uma conversa mantida com Jair Bolsonaro, pode custar caro à bancada do partido no Senado.

Caso a perda do senador não seja reparada a tempo com uma nova filiação, o Cidadania pode perder o seu principal gabinete no Senado, que hoje funciona como uma espécie de “QG da oposição” a Bolsonaro, já que um de seus membros, o senador Alessandro Vieira (foto), é atualmente um dos parlamentares mais ativos no trabalho de fiscalização do governo.

Somente tem direito à estrutura administrativa de liderança – o que garante um gabinete a mais e um time mais robusto de servidores –, uma bancada com três integrantes. Com a saída da Kajuru, o Cidadania passará a contar apenas com dois senadores: além de Alessandro Vieira, a maranhense Eliziane Gama.

Vieira, que hoje lidera a sigla, admite haver tratativas em andamento para recompor a bancada, mas ainda não há nada fechado. No ano passado, a legenda chegou a sondar a senadora Leila Barros, do PSB de Brasília, sobre uma possível filiação, só que as conversas não avançaram.

A partir do momento em que o partido perde o número necessário de integrantes para constituir uma bancada, as normas do Senado determinam o prazo de 90 dias para desconstituir o gabinete. Atualmente, a liderança do Cidadania emprega 11 funcionários comissionados para assessorar os parlamentares da legenda, de acordo com dados oficiais do Senado.

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