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Ao considerar o Hezbollah como grupo terrorista, Argentina pressiona o Brasil

18.07.19 20:26

O governo da Argentina passou a considerar o Hezbollah como organização terrorista nesta quinta-feira, 18. O grupo libanês xiita já realizou dois atentados no país. O primeiro, em 1992, matou 29 pessoas na embaixada de Israel, em Buenos Aires. O segundo, em 1994, matou 85 na Associação Mutual Israelita Argentina (Amia, na foto).

O Brasil, contudo, ainda não considera o Hezbollah como organização terrorista. O grupo opera principalmente na Tríplice Fronteira. Doze membros da célula que realizou o atentado na Amia viviam no Brasil, a maior parte deles em Foz do Iguaçu e Curitiba.

Em um levantamento recente em registros públicos empresariais, o jornalista Leonardo Coutinho encontrou 140 nomes de familiares de acusados de terrorismo fazendo negócios no Brasil, na Argentina e no Paraguai.

Apesar de tudo isso, o assunto continua tabu no Brasil.

“Quando a Argentina solicitou ajuda para que a Interpol emitisse um alerta vermelho para capturar os suspeitos do atentado da Amia, em 2007, a maioria dos países votou a favor, mas o o Brasil lamentavelmente não acompanhou a Argentina”, diz o argentino Claudio Epelman, diretor executivo do Congresso Judeu da Argentina. “Mas os governos não são mais os mesmos. Oxalá a decisão desta quinta-feira possa contagiar os países vizinhos. O terrorismo é um fenômeno que se combate principalmente com cooperação internacional.”

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