Agência BrasilMendonça

AGU faz coro a Mandetta e defende cautela sobre liberação da cloroquina

07.04.20 12:37

O ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça (foto), fez coro ao titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e defendeu cautela na liberação do uso da cloroquina para profissionais de saúde e qualquer tipo de paciente infectado pelo novo coronavírus. A defesa foi feita por ele durante a reunião ministerial desta segunda-feira, 7, no Palácio do Planalto.

Segundo apurou Crusoé, Mendonça disse acreditar nas palavras e experiências de médicos que estudam o uso do medicamento no tratamento contra o vírus e afirmou que a AGU está à disposição para auxiliá-los na parte jurídica. Mas ponderou que é necessário “segurança”, por meio de laudos e documentos, para tomar qualquer eventual medida em relação ao uso da substância.

A posição de Mendonça é mais conservadora que a do presidente Jair Bolsonaro, que vem fazendo campanha aberta pela liberação do uso da cloroquina no tratamento de infectados pela Covid-19. Como Crusoé noticiou, na reunião com os ministros ontem, o chefe do Planalto chegou a citar experimentos feitos por hospitais em São Paulo para defender sua tese.

Ao final do encontro, Bolsonaro chamou Mandetta para uma sala reservada com dois médicos — Nise Yamaguchi e Luciano Dias Azevedo — que estão à frente dos estudos sobre a substância. Eles pediram ao ministro que assinasse um decreto liberando o uso da cloroquina. O titular da Saúde, porém, disse ter se recusado e aconselhado os especialistas a debaterem primeiro na sociedade médica, para depois submeter ao ministério.

“Disse que eles devem se reportar a você (referindo-se ao secretário de Ciência e Tecnologia do ministérios, Denizar Vianna,) e que eles devem, nas sociedades brasileiras de imunologia e anestesia, fazer o debate entre os seus pares. Chegando a um consenso entre seu pares, o Conselho Federal de Medicina e nós aqui do Ministério da Saúde, a gente entra”, afirmou Mandetta.

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