Agência Senado

Advogada na lista de ‘bons nomes’ de Guedes para chefiar Receita

12.09.19 09:34

O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), tem uma lista com o que considera serem “bons nomes” para indicar para a chefia da Receita Federal, após a saída de Marcos Cintra. Um deles, segundo auxiliares do ministro, é o da advogada Vanessa Canado. Ela é diretora do Centro Fiscal de Cidadania, entidade independente criada em 2015 por especialistas para apresentar propostas de simplificação do sistema tributário.

Professora da Fundação Getúlio Vargas desde 2008 e mestre e doutora em direito tributário pela PUC de São Paulo, Vanessa vem participando das discussões sobre a reforma tributária no Ministério da Economia desde agosto. A última reunião da qual participou foi na segunda-feira, 9, na sede da pasta, em Brasilia, onde também estavam secretários de Guedes e outros especialistas na área tributária convidados pelo ministro.

De acordo com auxiliares de Guedes, a advogada paulista é vista como um perfil técnico. Também seria contrária, a princípio, à recriação de um imposto sobre transações financeiras nos moldes da extinta CPMF. A defesa enfática desse novo tributo, que não agrada o presidente Jair Bolsonaro e lideranças do Congresso Nacional, foi justamente um dos principais motivos que levaram à queda de Cintra nesta quarta-feira, 11.

Por fora da lista de Guedes, corre o ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly, do PSDB do Paraná. O tucano foi o relator de uma proposta de reforma tributária na Câmara, na legislatura passada, que acabou sendo deixada de lado pelos deputados, após ele não conseguir se reeleger no pleito de 2018.

O ex-parlamentar vem buscando apoio político e de auditores fiscais para ser indicado ao comando da Receita. Na noite desta quarta-feira, 11, se reuniu com o líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, novo relator da reforma tributária na casa, e com o secretário de Previdência, Rogério Marinho. As chances do ex-deputado tucano, porém, são consideradas pequenas.

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  1. A Receita Federal e a Polícia Federal são instituições que exigem pessoas com qualificação acima da média. Colocar qualquer pessoa só porque é amigo do governo é uma forma de reduzir a capacidade técnica e o nível de excelência que existe da Receita Federal. Dentro da própria instituição há Auditores altamente qualificados e com expertise para simplificar esse catatau de tributos criado para satisfazer objetivos políticos. O melhor nome mais qualificado deveria vir do quadro da Receita Federal.

  2. continuando meu comentário sobre Moro e Bolsonaro, vcs tratam as pessoas como imbecis, tem muita gente ainda infelizmente , doente do cérebro , é claro que ainda pode acreditar nessa engenharia de desconstrução do governo Bolsonaro, mas o povo cresceu, mudou, não temos corruptos de estimação, no passado votei em Aécio Neves , mas jamais votaria em um governo do PSDB, se Bolsonaro fallhar vamos perceber , não precisam vcs fazerem a nossa cabeça.

    1. Veronica. O PGR nota 7 do Bolsonaro, foi qualificado com nota quase 10 pela bancada do PT no Senado. Esperemos que Bolsonaro não coloque alguém para aparelhar a RF e inviabilizar ainda mais a lava-jato.

    2. Melhor que um corrupto nota zero Tucano-Petista, ou um ladrão zero a esquerda DEM-MDBista.

  3. Manda essexpolitico ir trabalhar na iniciativa privada. Parecem carrapatos nos cofres. Melhor imposto e reduzir salário de legislativo federal, estadias e municipal e cortar penduricalhos

  4. De acordo com o portal G1 (19/08/2019), a recente ameaça de entrega em massa de cargos na RF foi motivada pela tentativa de JB de mudar o atual chefe da Alfândega do Porto de Itaguaí. Segundo o G1, foi este auditor que publicou mensagem apontando possível interferência política na RF. Uma rápida pesquisa no Google mostra que o referido auditor entrou na RF em 2010. Para chegar ao posto em tão pouco tempo é preciso um bom padrinho político, não acham?

    1. Ivanhoé. Tenho discordado de algumas posições suas em matéria política. Considero-me um "não entendido" em economia. Em questões tributárias então... Mas em notícia de ontem, sobre o Sindifisco, vc afirmou que há resistências para que seja simplificado o sistema de cobrança tributária. Acredito que isto seja verdadeiro. Os políticos transformaram o arcabouço legal brasileiro num cipoal de leis. E parece que continuam querendo a manutenção desta "amazônia legal".

  5. Se for a Venessa, o Guedes, que é um Chicago Boy, vai substituir um doutor por Harvard (Cintra) por uma doutora pela PUC de São Paulo. Claramente há uma decadência técnica aqui. A decadência será maior se o Guedes nomear um político sem qualificação técnica para gerir o assunto. Veremos o que acontecerá, mas boa coisa não vem por aí.

    1. Carlos -- Na verdade, o Cintra era a favor do Imposto Único. Ou seja, seria um imposto só coletado nas transações de consumo e financeiras. Isso reduziria muito o custo da arrecadação para o governo. Agora colocar este imposto junto com os outros não dá muito certo, não...

    2. ninguém comenta que essa substituição tem que ser feita porque o cara desde que assumiu o cargo mostrou que era a favor da cpmf. E o Paulo Guedes do JB compartilhavam da ideia é até comentaram que trocaram o nome do imposto.

    3. A pior indicação seria de um político "desqualificado", com certeza. Ter um mestrado ou doutorado em uma boa universidade "lá fora" é certamente bom indicativo. Mas não ter este "indicativo" e ter competência técnica qualificaria bem um candidato.

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