Andrew Parsons/Divulgação

A resiliência do parlamentarismo britânico

14.12.19 15:58

O Partido Conservador, do primeiro-ministro Boris Johnson (foto), conquistou 365 cadeiras no Parlamento nas eleições de quinta-feira, 12, cerca de 56% do total. É um feito e tanto, em um momento em que partidos de países com sistemas parlamentaristas têm tido dificuldade para formar governos de maioria. Israel convocou na semana passada uma eleição para março do ano que vem. Será o terceiro pleito em menos de doze meses. A Espanha teve quatro eleições em quatro anos.

No Reino Unido, contudo, os dois principais partidos, o Conservador e o Trabalhista, deverão somar, juntos, 87% das cadeiras. Em 2017, eles conseguiram 82%.

“As maiorias parlamentares são mais prováveis no Reino Unido porque o sistema foi construído com esse objetivo. Um partido normalmente consegue a maioria, a qual frequentemente é obtida às custas de partidos menores que não conseguem ganhar assentos no Parlamento”, diz Christopher Stafford, da Universidade Nottingham. Como somente um parlamentar é eleito em cada distrito, partidos menores têm dificuldade de emplacar seus candidatos. Além disso, o sistema inglês dá muita importância ao partido de oposição, que é reconhecido e forma até um gabinete paralelo.

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