OEA

Eleição na Bolívia: preocupação com fraude

18.10.20 12:02

Uma das maiores preocupações com as eleições na Bolívia neste domingo, 18, é com a possibilidade de fraude. No ano passado, a Organização dos Estados Americanos (OEA) encontrou irregularidades na contagem dos votos do pleito de 20 de outubro. Após três semanas de protestos, o então presidente Evo Morales renunciou, um governo transitório assumiu e uma nova eleição foi marcada.

Desta vez, novamente a OEA irá acompanhar a eleição. No início de outubro, 40 observadores (foto) de doze países aterrissaram em La Paz. A União Europeia também enviou delegados. No total, 110 estrangeiros se preparam para monitorar o voto. Como a pandemia do coronavírus restringiu os voos, milhares de bolivianos foram treinados, por quatro organizações independentes da sociedade civil, para participar como observadores.

Outro ponto importante é que os membros do Tribunal Supremo Eleitoral, o TSE, foram substituídos. Em 2019, a presidente da entidade, Maria Eugenia Choque Quispe, tentou fugir vestida de homem após o cancelamento da eleição. Ela e o vice-presidente do TSE foram acusados pelo crime de fraude eleitoral. O atual presidente, Salvador Romero, foi escolhido pela presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez. Os outros seis membros do TSE foram selecionados pelo Congresso.

“Com todas essas precauções, não acredito que exista a possibilidade de o TSE cometer uma fraude”, diz a cientista política boliviana Jimena Costa. “É certo que ainda há muita gente do Movimento ao Socialismo (MAS, o partido de Morales) trabalhando nos tribunais eleitorais dos departamentos. Apesar disso, o TSE adotou controles para evitar distorções no cômputo dos votos regionais.”

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