Mateus Bonomi/Agif/Folhapress

Renan Calheiros anuncia ‘nova fase’ da CPI da Covid

11.06.21 12:42

Quarenta e cinco dias após o início dos trabalhos, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (foto), anunciou que o colegiado entrará em uma “nova fase” da investigação. Sem entrar em detalhes, o emedebista alegou que nomes que foram ouvidos na comissão como “testemunhas” passarão ao status de “investigados“.

Voltada à apuração das ações e omissões do governo Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus, assim como da aplicação por estados e municípios de recursos federais destinados ao enfrentamento da crise, a CPI ouviu 12 testemunhas.

A lista inclui os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. Participaram das inquirições, ainda, o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo e o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten. Integrantes e ex-membros da cúpula da Saúde, como Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina“, e Élcio Franco, número dois da Saúde na gestão Pazuello, também prestaram esclarecimentos.

Estamos ultimando estudos para evoluirmos de fase na investigação. A partir de agora, nós vamos, com relação a algumas pessoas que por aqui já passaram, tirá-las da condição de testemunhas e colocá-las definitivamente da de investigadas“, disse Renan Calheiros, nesta sexta-feira, 11.

O emedebista acrescentou é dever da CPI chegar “a um resultado” diante da tragédia vivenciada pelo país. “Nós precisamos saber o que aconteceu e que poderia ter sido feito diferente para diminuir o número de vidas perdidas, porque esta CPI tem feito sua parte, cumprido seu papel, mas, do ponto de vista de dissuadir e inibir os fatos, não tem conseguido atingir seu objetivo“, emendou.

Calheiros comparou Jair Bolsonaro a Jim Jones, um pregador que liderou a seita Templo dos Povos e levou centenas de religiosos a um suicídio em massa. “A diferença é que o americano induziu ao suicídio e o que está na presidência da República induz à continuidade dessa tragédia e desse morticínio. Isso não pode continuar a acontecer”.

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