Governo do Estado de São Paulo

A justificativa do governo Doria para não revelar os gastos com a vacina

13.12.20 08:02

Embora tenha repassado 85 milhões de reais para a Fundação Butantan desenvolver a vacina contra a Covid-19 em São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac, o governo de João Doria (foto) não revelou ao Tribunal de Contas do Estado os custos da compra de 6 milhões de doses da
Coronavac e da matéria-prima para produzir outras 40 milhões no estado.

O questionamento foi feito à Secretaria da Saúde pelo conselheiro Dimas Ramalho, relator das contas anuais do governador no TCE e responsável pela fiscalização dos gastos estaduais com a pandemia. Em resposta ao tribunal, a pasta e o Instituto Butantan, que é vinculado ao governo, afirmaram que não era possível revelar os gastos à corte porque os pagamentos das vacinas são feitos pela Fundação Butantan, que é uma entidade privada.

O argumento não convenceu o conselheiro, que vai voltar a notificar o governo Doria dando prazo de cinco dias para esclarecer os custos com a Coronavac. Segundo Dimas Ramalho, em 2012, a Fundação Butantan foi reconhecida pela corte como um órgão de apoio às atividades exercidas pelo Instituto Butantan e, por isso, o governo “não pode se abster de prestar os esclarecimentos requisitados”.

Além disso, afirma o conselheiro, “ambas as entidades assinaram a referida parceria com a empresa Sinovac, em manifesto interesse do governo do estado”.

O Instituto Butantan iniciou esta semana a produção da Coronavac em São Paulo, e aguarda a conclusão da fase três de testes para solicitar o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. As primeiras doses importadas da China chegaram em novembro. A previsão do governo paulista é iniciar a campanha de vacinação no estado em 25 de janeiro.

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