Granma

A escravidão dos médicos cubanos, agora no México

10.06.20 09:37

Depois que a ditadura cubana deixou repentinamente o programa Mais Médicos brasileiro, no final de 2018, Equador e Bolívia cancelaram os acordos com a ilha comunista. No final do ano passado, a aposta do regime de Havana passou a ser o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.

Em abril deste ano, médicos cubanos (foto) começaram a desembarcar no  México. Atualmente, há 765 desses profissionais no país, segundo o site Diário de Cuba. O governo mexicano paga 10.700 dólares de salário para cada um, mas eles embolsam apenas 220 dólares. Assim como acontecia no Brasil, a ditadura fica com a maior parte. Além disso, os médicos são vigiados o tempo todo por representantes da ditadura.

Como os médicos cubanos não têm experiência em UTI ou em atender casos graves, eles têm sido criticados pelos colegas mexicanos. Um doutor citado em uma matéria do jornal El Universal disse que os cubanos permanecem apenas na área de consulta externa ou ficam dando voltas no Hospital Geral Balbuena. São pouco úteis no combate à pandemia do coronavírus.

“Todos os dias nós perguntamos o que eles fazem. A verdade é que só estão aqui para colher amostras. Assessoria? Pois não sabemos de qual tipo. São médicos da família, que fazem só o primeiro contato. São sanitaristas”, disse outro médico, que pediu anonimato ao El Universal.

Em janeiro deste ano, a ONU classificou o trabalho dos médicos cubanos no exterior como “trabalho forçado”. A secretária de Saúde da Cidade do México, Oliva López Arellano, contesta essa informação: “É um trabalho voluntário. É um trabalho profissional”.

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