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A economia que Macri pegou e a que ele entrega para Fernández

09.12.19 19:16

Nesta terça-feira, 10, Alberto Fernández toma posse como presidente da Argentina. Sua primeira missão será renegociar o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com credores privados.

“O próximo ministro da Economia, Martin Guzman, não tem experiência em governo. Mas ele já fez estudos densos sobre renegociação de dívidas e desenvolvimento”, diz o economista Roberto Luis Troster, em São Paulo. “Guzmán não é qualquer um, mas é um ponto de interrogação.”

Quando Mauricio Macri assumiu, em dezembro de 2015, as reservas internacionais do país estavam no chão: 500 milhões de dólares. Quinze anos após a moratória da dívida argentina, de 2001, o presidente Mauricio Macri (na foto, com Fernández) conseguiu negociar a dívida que vinha se arrastando com disputas judiciais. O país voltou ao mercado financeiro e obteve um empréstimo de mais de 50 bilhões de dólares com o FMI.

As reservas internacionais da Argentina agora estão em 10 bilhões de dólares. O déficit nas contas públicas, que era de 4,4% do PIB, caiu para 0,6% do PIB (o déficit nas contas brasileiras é de 2%).

Para conseguir honrar as dívidas, o próximo governo terá de reduzir mais os gastos públicos ou impulsionar o crescimento econômico, aumentando a receita. A alta recente no preço das commodities agrícolas deve ajudar. “É uma situação que pode ser administrada, mas não há como saber se Fernández conseguirá fazer isso ou não”, diz Troster. “Caso Macri tivesse ficado mais um ano no poder, a realidade seria outra. Ele provavelmente já estaria colhendo alguns benefícios do seu ajuste.”

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