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4º dia de protestos em Cuba: recrutamento forçado, invasão de casas e 160 desaparecidos

14.07.21 18:15

Cuba teve nesta quarta, 14, manifestações nas cidades de Pinar del Rio, Havana e Santiago de Cuba. Foi o quarto dia consecutivo de protestos contra a ditadura. Demonstrações nos municípios de Camaguey e Cárdenas foram impedidas pela polícia, que recrudesceu a repressão. Entidades de direitos humanos calculam o número de desaparecidos entre 160 e 187. A ditadura já admitiu a morte de um manifestante, em um bairro pobre de Havana.

Apesar do bloqueio de internet, aos poucos alguns cubanos têm conseguido acesso limitado e enviado informações sobre o que está acontecendo.

Uma das notícias é que policiais estão entrando nas casas das pessoas para fazer recrutamento forçado de jovens com mais de 17 anos. Eles recebem pedaços de pau e são orientados sobre como reprimir manifestações (foto). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver esses adolescentes sendo conduzidos de um lugar para o outro.

Policiais também estão invadindo a casa de cubanos durante a noite, buscando pessoas que participaram das manifestações.

Um vídeo publicado na internet mostra o momento em que agentes uniformizados entram na casa de Joel Daniel Cárdenas Díaz, na cidade de Cárdenas. Assim que invadem a casa, os policiais atiram contra Díaz, na frente de sua mulher e filha. Depois de cair no chão, ele sofreu golpes e foi levado em uma viatura. Díaz ainda está vivo, mas familiares não puderam visitá-lo. Ele é acusado de ter participado de manifestações na cidade de Matanzas, mas sua esposa nega que ele esteve por lá.

Nesta quarta, 14, Brigadas de Resposta Rápida foram colocadas de prontidão nas sedes do Partido Comunista Cubano e nos Comitês de Defesa da Revoução, os CDRs. Essas brigadas, compostas por policiais à paisana, agem assim que alguém inicia uma manifestação. Em geral, elas detêm as pessoas e as levam para delegacias em carros com ou sem placa oficial.

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