Adriano Machado/Crusoé

Toffoli se declara suspeito para analisar recurso de Deltan contra advertência

14.12.19 09:45

Alegando “motivo de foro íntimo”, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), se declarou suspeito para analisar um recurso do coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, contra a advertência aplicada a ele pelo Conselho Nacional do Ministério Público. O recurso havia sido enviado pelo ministro Luiz Fux.

Com isso, o processo foi redistribuído e acabou ficando com o ministro Celso de Mello, o mais velho da corte. Deltan foi punido pelo CNMP por ter afirmado em uma entrevista à rádio CBN, em agosto de 2018, que alguns ministros do STF passavam uma imagem de “leniência a favor da corrupção”.

Na ocasião, Dallagnol estava se referindo a uma decisão da Segunda Turma do STF que decidiu retirar de Curitiba e enviar para a Justiça Federal e a Justiça Eleitoral em Brasília trechos da delação premiada da Odebrecht que citavam o ex-presidente Lula e o ex-ministro Guido Mantega.

Toffoli foi um dos ministros da turma a favor de retirar parte da delação de Curitiba. Além dele, também votaram pela medida Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Agora, caberá ao decano do STF analisar o recurso do procurador que pede a suspensão imediata da punição.

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